Segundo a EDP (2009), a construção de barragens afeta o ambiente, nomeadamente a biodiversidade, não só pelas áreas inundadas pelo novo reservatórios de água, mas também, pela alteração dos regimes de caudais. Os projetos de construção de aproveitamentos hidroelétricos preveem algumas medidas nomeadamente de minimização e compensação.
As MEDIDAS DE MINIMIZAÇÃO permitem minimizar impactes na fase de construção e exploração das centrais, de modo a reduzir os impactes inicialmente esperados.
As MEDIDAS COMPENSATÓRIAS são medidas que compensam os impactes provocados pela construção de barragens, mas apesar dos esforços de minimização, há impactes que não são extintos. Para estes, são previstas medidas que visam compensar estes impactes.
A construção da
barragem do Alqueva esteve envolta de grande polémica uma vez que teve uma das
consequências mais graves a DESLOCAÇÃO DA POPULAÇÃO…
Paisagem do Tua |
A paisagem do Tua foi
considerada PATRIMÓNIO DA HUMANIDADE pela UNESCO, contudo a construção da
barragem Foz Tua pode colocar em causa esta classificação…
Por isso optamos por
abordar em primeiro lugar as medidas de compensação e minimização das barragens
acima mencionados…
Barragem
do Alqueva
Barragem do Alqueva |
Segundo
Fulgêncio (2001), as Medidas de Minimização da barragem do Alqueva são:
-Operação de salvamento de espécies prioritárias ou ameaçadas;
-Ordenamento e preservação das espécies vegetais e animais;
-Ações de proteção das azinheiras da zona ribeirinha;
-Elaboração e execução do Plano de Proteção, Recuperação e Valorização do
Coberto Vegetal.
Medidas
de Compensação
-Valorização do montado de azinho (conjunto de azinheiras);
-Reflorestação ribeirinha;
-Regeneração
de matas mediterrânias;
-A
criação de corredores ecológicos de montado.
Abertura das Comportas da Barragem do Alqueva |
Barragem de Foz Tua
Segundo
a EDP (s/d.), as Medidas de Minimização da barragem do Foz Tua são:
-Intervenção a jusante da barragem;
Protótipo da Barragem Foz Tua |
-Potenciação do uso da ponte da Brunheda como meio de atravessamento do Tua;
-Melhorar e restaurar as condições naturais dos rios Tua e Tinhela;
-Incremento da conectividade fluvial no Douro e Inferior.
O
Ministério do Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento (2011)
definiu na Declaração de Impacte Ambiental as seguintes medidas de Medidas
de Compensação:
-Promoção
da criação de uma agência de desenvolvimento regional;
-Requalificação
das acessibilidades na envolvente da albufeira;
-Construir
núcleos temáticos da memória do vale do Tua;
-Estudo
Etnológico e histórico do Vale do Tua e Estudo histórico sobre a linha do Tua;
-Elaboração
de uma proposta de Plano de Ordenamento da Albufeira de Foz Tua;
-Sistema
de monitorização da qualidade da água;
-Realizar
um documentário sobre o património natural e cultural do Vale do Tua;
-Indemnizações
aos proprietários e arrendatários de terrenos e património construído afetados pelo
projeto.
Referências Bibliográficas
EDP, Energias de Portugal (2009). Aproveitamento Hidroelétrico do Foz Tua: Medidas Compensatórias. EDP, Energias de Portugal. Retirado a 18 março, 2013 de http://www.a-nossa-energia.edp.pt/centros_produtores/desempenho_ambiental.php?item_id=80&cp_type=he§ion_type=desempenho_ambiental
Fulgêncio, C. Desmatação e Desarbonização do Alqueva (2001). Naturlink, a Ligação à Natureza. Retirado 18 março, 2013 de http://naturlink.sapo.pt/Noticias/Noticias/content/Desmatacao-e-Desarborizacao-no-Alqueva?viewall=true&print=true
Ministério do Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento, Gabinete do Secretário de Estado do Ambiente. (2009). Declaração de Impacte Ambiental: Aproveitamento Hidroelétrico do Foz Tua. Ministério do Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento, Gabinete do Secretário de Estado do Ambiente: Lisboa.
Caras colegas.
ResponderEliminarComo sabemos hoje em dia a energia produzida em Portugal não é suficiente para o consumo que existe, logo necessitamos de importar energia da Europa através de varias interligações. Será que a construção de barragens não irá tirar a dependência energética a Portugal?
Sabemos ainda que um dos graves problemas nos inícios das construções das grandes barragens foi a alteração das rotas migratórias de alguma espécies. Atualmente as empresas que constroem novas barragens já têm um papel importante no ecossistema, construindo um sistema de eclusas para se poder manter essa rota de alguns cardumes. Não haverá outro tipo de espécies que sofreram com esta construção sem ser os peixes?
Cumprimentos
Ana Chagas
Bruna Clérigo
Mariana Simões
Olá colegas!
EliminarNo vídeo que publicamos no dia 7 de março na mensagem Barragens, Reportagem da SIC "AS NOVAS BARRAGENS", encontrarão resposta para a vossa primeira questão. De facto, não, a construção das novas barragens não é sequer suficiente para satisfazer o aumento de energia de 2009 para 2010. Sim existem imensas espécies afetadas entre peixes, aves, moluscos e em alguns casos, em especial a barragem do Alqueva afetou o homem, com a deslocação da população. Esperamos que tenham ficado mais esclarecidas.
Cumprimentos
Diana Antunes
Rita Alves
Tânia Menino
Vanessa Rainho
A construção de barragens causa impactos ambientais irreversíveis, como a alteração das paisagens naturais, a formação de grandes lagos artificiais, a eliminação de alguns tipos de fauna e flora, a violação da lei da água (perda da qualidade), entre outros.
ResponderEliminarSabemos, no entanto, que estas construções acarretam outros impactos, para além dos ambientais. Assim, gostaríamos de saber um pouco mais sobre os impactos económicos da construção de uma barragem, particularmente da barragem do Alqueva, uma das maiores construções realizadas em Portugal na última década.
As colegas,
Eliana Joanico
Inês Botas
Lúcia Branco
Susana Bretes
Caras colegas,
ResponderEliminarsegundo a vossa opinião sobre a barragem do Foz Tua, a construção da mesma tem vantagens mas segundo a nossa pesquisa verificamos que toda a infra-estrutura tem vantagens e desvantagens. Como tal encontramos a noticia da Quercus publicada no dia 14 de Março de 2013 sobre o Dia internacional de Luta pelos rios e contra as barragens: organizações alertam para impacto social, económico e ambiental se Portugal insistir na construção de barragens, pelo qual o nosso governo não mostra grande interesse.
O Programa Nacional de Barragens comunicou ao governo as desvantagens da construção da Barragem ( que está mencionado no vosso blogue). Qual é a vossa opinião sobre as construção desta Barragem?
Sabendo que a EDP beneficia um acrescimo minimo de 10% na fatura de eletrecidade do consumidor e que a construção irá provocar o despovoamento da região que já por si é empobrecida, e irá destruir valores com potencial turistico e patrimonial principalemente no vale e na linha do Tua. Será 30 vezes mais barato parar a obra do que deixa-la avaçar, pois não trará um desenvolvimento á região do Norte e alto Douro, caso isso acontecesse já seria uma das regiões mais desenvolvidas do país.
Cumprimentos
Dora Pinheiro
Fabiana Cunha
Raquel Henriques
Sofia Pimenta
Caras colegas
EliminarO presente blog está a ser desenvolvido com base em fontes fidedignas pelo que a nossa opinião pessoal tem sido colocada de parte uma vez que estamos a tratar um tema muito polémico e precisamos de manter o distanciamento necessário para realizar este trabalho de forma imparcial.
Na nossa publicação de dia 14 de março, que poderão visualizar no nosso blog, encontrarão algumas das vantagens e desvantagens da construção das barragens. É de salientar que em nenhuma parte deste blog afirmámos que a barragem do Foz Tua só tem vantagens, muito pelo contrário, trata-se de uma zona considerada património da humanidade pela UNESCO desde 2001 (ver 3º parágrafo da presente publicação), portanto é de extrema importância para o país preservá-la. Quanto ao facto da construção da barragem do Foz Tua trazer empobrecimento é uma afirmação muito relativa que depende de opiniões, sendo que existem outras bem diferentes, por exemplo, a criação de postos de trabalho é muito importante para uma zona onde o desemprego é imenso. Daí ser tão interessante realizar este trabalho pelo debate de ideias. Quanto à vossa última consideração no vídeo publicado no dia 7 de março, referente à reportagem da SIC "As Novas Barragens" é demonstrado que a energia produzida pelas barragens é insuficiente para as necessidades do país. Contudo é uma reportagem muito interessante e elucidativa sobre o tema que vos aconselhá-mos.Contudo existe um longo caminho a percorrer no âmbito das energias renováveis mas é absolutamente necessário para as gerações futuras.
Cumprimentos
Diana Antunes
Rita Alves
Tânia Menino
Vanessa Rainho