quinta-feira, 28 de março de 2013

Barragem do Alqueva - Aldeia da Luz


A barragem do Alqueva, como já referimos teve uma grave consequência, a deslocação da população, sendo que na época esta situação foi alvo de grande polémica.
Vista Aérea da Nova Aldeia da Luz

De acordo com Antunes et al (2006), a Aldeia da Luz, situada no concelho de Mourão ficou submersa devido à construção da barragem de Alqueva. Esta situação levou à deslocação dos habitantes da aldeia da luz foram para uma nova aldeia, situada a cerca de 2Kms da aldeia submersa, inaugurada a 20 de Novembro de 2002. A construção da nova aldeia foi a solução encontrada pela população e pela Empresa de Desenvolvimento e Infra-Estruturas do Alqueva (EDIA) com objetivo de minimizar o impacte causado com a submersão da antiga aldeia. O museu da Luz foi também construído com intuito de preservar o património da antiga Aldeia da Luz e da região.


Antiga Aldeia da Luz
                                                        








                  
                                             



Referências Bibliográficas

Antunes, M. A,; Duarte, C. L. & Reino, P. J. (2006) Barragens em Portugal: de Vilarinho da Furna à Aldeia da Luz, com passagem pelo Douro Internacional, Revista Lusófona, CEPAD – Centro de Estudos da População Ambiente e Desenvolvimento – Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias: Lisboa

EDIA – Empresa Desenvolvimento e Infra-Estruturas de Alqueva, S.A (2012). Museu da Luz. Retirado a 26 Março 2013 de http://www.edia.pt/edia/index.php/museu-da-luz



sexta-feira, 22 de março de 2013

Construção de Barragens: Medidas



Segundo a EDP (2009), a construção de barragens afeta o ambiente, nomeadamente a biodiversidade, não só pelas áreas inundadas pelo novo reservatórios de água, mas também, pela alteração dos regimes de caudais. Os projetos de construção de aproveitamentos hidroelétricos preveem algumas medidas nomeadamente de minimização e compensação.
As MEDIDAS DE MINIMIZAÇÃO permitem minimizar impactes na fase de construção e exploração das centrais, de modo a reduzir os impactes inicialmente esperados.
As MEDIDAS COMPENSATÓRIAS são medidas que compensam os impactes provocados pela construção de barragens, mas apesar dos esforços de minimização, há impactes que não são extintos. Para estes, são previstas medidas que visam compensar estes impactes.

A construção da barragem do Alqueva esteve envolta de grande polémica uma vez que teve uma das consequências mais graves a DESLOCAÇÃO DA POPULAÇÃO…

Paisagem do Tua 
A paisagem do Tua foi considerada PATRIMÓNIO DA HUMANIDADE pela UNESCO, contudo a construção da barragem Foz Tua pode colocar em causa esta classificação…

Por isso optamos por abordar em primeiro lugar as medidas de compensação e minimização das barragens acima mencionados…






                              Barragem do Alqueva
Barragem do Alqueva

Segundo Fulgêncio (2001), as Medidas de Minimização da barragem do Alqueva são:
-Operação de salvamento de espécies prioritárias ou ameaçadas;
-Ordenamento e preservação das espécies vegetais e animais;
-Ações de proteção das azinheiras da zona ribeirinha;
-Elaboração e execução do Plano de Proteção, Recuperação e Valorização do Coberto Vegetal.

Medidas de Compensação

-Valorização do montado de azinho (conjunto de azinheiras);
-Reflorestação ribeirinha;
-Regeneração de matas mediterrânias;
-A criação de corredores ecológicos de montado.
Abertura das Comportas da Barragem do Alqueva












Barragem de Foz Tua


Segundo a EDP (s/d.), as Medidas de Minimização da barragem do Foz Tua são:
-Intervenção a jusante da barragem;
Protótipo da Barragem Foz Tua
-Potenciação do uso da ponte da Brunheda como meio de atravessamento do Tua;
-Melhorar e restaurar as condições naturais dos rios Tua e Tinhela;
-Incremento da conectividade fluvial no Douro e Inferior.

O Ministério do Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento (2011) definiu na Declaração de Impacte Ambiental as seguintes medidas de Medidas de Compensação:
-Promoção da criação de uma agência de desenvolvimento regional;
-Requalificação das acessibilidades na envolvente da albufeira;
-Construir núcleos temáticos da memória do vale do Tua;
-Estudo Etnológico e histórico do Vale do Tua e Estudo histórico sobre a linha do Tua;
-Elaboração de uma proposta de Plano de Ordenamento da Albufeira de Foz Tua;
-Sistema de monitorização da qualidade da água;
-Realizar um documentário sobre o património natural e cultural do Vale do Tua;
-Indemnizações aos proprietários e arrendatários de terrenos e património construído afetados pelo projeto.


Referências Bibliográficas

EDP, Energias de Portugal (2009). Aproveitamento Hidroelétrico do Foz Tua: Medidas Compensatórias. EDP, Energias de Portugal. Retirado a 18 março, 2013 de http://www.a-nossa-energia.edp.pt/centros_produtores/desempenho_ambiental.php?item_id=80&cp_type=he&section_type=desempenho_ambiental

Fulgêncio, C. Desmatação e Desarbonização do Alqueva (2001). Naturlink, a Ligação à Natureza. Retirado 18 março, 2013 de http://naturlink.sapo.pt/Noticias/Noticias/content/Desmatacao-e-Desarborizacao-no-Alqueva?viewall=true&print=true

Ministério do Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento, Gabinete do Secretário de Estado do Ambiente. (2009). Declaração de Impacte Ambiental: Aproveitamento Hidroelétrico do Foz Tua. Ministério do Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento, Gabinete do Secretário de Estado do Ambiente: Lisboa.

quinta-feira, 14 de março de 2013

Vantagens e Desvantagens das Barragens

A energia é um fator de desenvolvimento essencial para o país segundo Bretas (2012), as barragens tornam-se uma ferramenta necessária na produção e acumulação de energia fornecida pelas albufeiras.
De acordo com Martins e Almeida (2007) a construção de barragens permitem acumular o máximo de água através dos caudais de rios mas também da água proveniente da chuva. O autor refere também que as barragens possuem Vantagens e Desvantagens:


Vantagens:

Elétricas – Possibilidade de armazenar uma grande capacidade de energia, como se trata de uma energia renovável permitem uma independência energética. A sua elevada procura contribui para a integração de fontes como a energia eólica e a energia solar fotovoltaica.


Económica - Desenvolvimento regional, permite a fixação da população e desenvolve condições propícias para o turismo.

Recursos Hídricos - Redução dos riscos de cheias e existência de uma rede de abastecimento de água com qualidade e em grande quantidade.

Agrícolas - Permite um aumento de produtividade existindo um controlo mais rigoroso da irrigação, existindo uma maior diversificação de culturas.

Ambientais/Florestais - Segundo Martins e Almeida (2007) as barragens garantem os caudais em períodos menos propicíos, redução de emissões atmósfericas, diminiução de incêndios, como nos refere Martins e Almeida (2007) as albufeiras com planos de água superiores a 2km contribuem para uma redução de área ardida num raio de 25km cerca de 10% a 20%.

A criação de barragens faz com que segundo Martins e Almeida (2007) se crie um obstáculo transversal no curso de água e que inevitavelmente altera as características ecológicas e ambientais:



Desvantagens:

Barreira às rotas migratórias – limitação da atividade migratória de determinadas espécies migradoras, reduzindo a taxa piscícola. Pondo em causa determinadas espécies.

Alteração do habitat – devido à alteração do fluxo unidirecional da água leva a existência de variações morfológicas e estruturais das margens alterando a vegetação ripária e aquática.

Alteração no sistema de escoamento – a modificação nos sistemas de escoamento poderá influenciar a produção de alimentos bem como a existência de condições necessárias para a sobrevivência de ovos e alevins, devido às ríspidas alterações de caudais.

Alteração da qualidade da água – a qualidade físico-química da água poderá ter alterações causadas por eventuais descargas de albufeiras devido a limpezas ou obras de manutenção. Esta alteração pode também ser influenciada pela natureza e amplitude das barragens bem como das condições climatéricas e dos sistemas fluviais.

Risco ecológico/ambiental – a nível ecológico e ambiental é necessário que exista um fornecimento regular de água para as centrais hidrelétricas. Se não existir água suficiente essas centrais não recebem água e por sua vez não produziram energia. É notório que a dependência da pluviosidade para este tipo de empreendimento é desvantajoso, pois se não chover durante um logo período de tempo as centrais poderão baixar a sua produção energética.

  
           
Referências Bibliográficas:
Bretas, E. M. (2012). Desenvolvimento de um modelo de elementos discretos para o estudo de barragens gravidade em alvenaria, Tese de Doutoramento, Universidade do Minho, Braga.


Martins, R. J. C. & Almeida, T. A. (2007) Aproveitamentos Hidroelétricos, Faculdade de Ciências e Tecnologias da Universidade de Coimbra, Coimbra.


Alqueva: água e vento Energia Limpa


Energia Hídrica




Figura 1 Mapa com 10 Barragens Hidroelétricas (PNBEPH,2007)
Segundo o Programa Nacional de Barragens com Elevado Potencial Hidroelétrico- PNBEPH (2007), a energia hídrica, está associada às barragens devido à sua capacidade de armazenamento de água. Em Portugal, este tipo de energia tem tido uma crescente utilização, com a construção de novas barragens.

Esta imagem traduz-nos as novas barragens previstas no PNBEPH (2007), de acordo com o Portal das Energias Renováveis (2008) as centrais hidroelétricas, utilizam a energia provocada pela diferença de nível entre a albufeira e o rio, é desta forma, que se fazem rodar as turbinas e os respetivos geradores que levam à criação de eletricidade.


A energia hídrica tem as seguintes Vantagens/ Desvantagens de acordo com o PNBEPH:
Vantagens:


·É uma energia renovável ou seja é inesgotavel;

·A sua procura é elevada;

·Custo de produção de energia baixo;

·Desenvolvimento humano e competitividade (estabelecimento de vias fluviais, construção de vias de comunicação, promove a atividade turística, lazer e empregabilidade, melhorando a qualidade de vida segundo o PNBEPH,2007).


Desvantagens:


· Erosão dos solos (De acordo com o PNBEPH (2007) a construção de barragens implica aletrações nos estuários e nomeadamente nos processos de erosão).

·Afeta a vegetação envolvente;

·Provoca o despovoamento de populações;

·Alargamento de terras;

·A sua construção provoca grandes alterações nos ecossistemas (segundo a Declaração Ambiental, 2007)

·Custos elevados.

Curiosidade:

Segundo o PNBEPH (2007),  a União Europeia pretende que Portugal aumente a produção de energia através de fontes renováveis e que estas passem dos atuais 6,5% para 20% até 2020.


Figura 2 Gráfico de Potencialidade Hidroelétrica Utilizado (Fonte REN).
No gráfico acima e segundo o PNBEPH (2007) o aumento da produção de energia a partir de fontes renováveis constitui um desafio bastante ambicioso para Portugal.
O PNBEPH (2007) prevê a existência  de diversos estudos de avaliação e controlo dos impactos ambientais que devem ser tidos em consideração antes e aquando da construção deste tipo de infraestruturas.

Referências Bibliográficas:


Instituto da Água, IP; Direção Geral de Energia e Geologia & REN. (2007). Programa Nacional de Barragens com Elevado Potencial Hidroelétrico. Instituto da Água, IP; Direção Geral de Energia e Geologia & REN: Lisboa.

Ministério da Agricultura, Mar, Ambiente e Ordenamento do Território (2007). Programa Nacional de Barragens com Elevado Potencial Hidroelétrico. Declaração AmbientalMinistério da Agricultura, Mar, Ambiente e Ordenamento do Território: Lisboa

Portal Energias Renováveis – Energias do Futuro (2008). Energia Hídrica.
  

quinta-feira, 7 de março de 2013

Barragens


O porquê do tema?

Somos alunas da Escola Superior de Educação de Santarém, no âmbito da unidade curricular de Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, desenvolveremos este blog sobre a temática das barragens.
Segundo o Plano Nacional de Barragens com Elevado Potencial Hidroelétrico-PNBEPH (2007), está previsto a construção de dez novas barragens, que têm levantado diversas discussões e polémicas, especialmente quanto ao facto de o investimento compensar ou não a energia produzida pelas mesmas (Ver Reportagem SIC: As Novas Barragens, 2011). Tendo em conta o atual cenário de crise, em que o aumento de impostos e corte nos apoios sociais é uma constante, temos curiosidade em perceber se o investimento nas barragens compensa os impactos ambientais (ver entrevista Correio da Manhã à Ministra Assunsão Cristas) e sociais da sua construção.


Com os vídeos abaixo, pretendemos que reflitam sobre:
  •  A produção de energia pelas 10 novas barragens compensa o investimento?
  • Num cenário de crise as novas barragens devem ou não ser construídas?
  • Os benefícios das barragens compensam os prejuízos ambientais?




Referências Bibliográficas
Instituto da Água, IP; Direção Geral de Energia e Geologia& REN. (2007). Programa Nacional de Barragens com Elevado Potencial Hidroelétrico. Instituto da Água, IP; Direção Geral de Energia e Geologia & REN: Lisboa.

Papel das Barragens



De acordo com Bretas (2012), a obtenção de energia é um importante fator de desenvolvimento para os países, no caso específico das barragens além de produzirem energia também a acumulam, sob a forma de água retida numa albufeira. O autor referiu ainda que uma barragem é uma barreira artificial feita nos cursos de água para a retenção da água.




O PNBEPH (2007), refere que as albufeiras (que surgem com a construção da barragem) para além da produção da energia elétrica possuem outras funções tais como:
v  Fornecimento de água para abastecimento e rega;
v  Controlo de cheias;
v  Combate a incêndios florestais;
v  Atividades de lazer;
v  Ambientais: garantir qualidade da água a jusante (depois da barragem) e manutenção dos caudais.
Este projeto prevê a construção das seguintes barragens:
v  Foz Tua;
v  Padroselos;
v  Alto Tâmega (Vidago);
v  Daivões;
v  Fridão;
v  Gouvães;
v  Pinhosão;
v  Girabolhos;
v  Almourol;
v  Alvito.

Referências Bibliográficas
Instituto da Água, IP; Direção Geral de Energia e Geologia & REN. (2007). Programa Nacional de Barragens com Elevado Potencial Hidroelétrico. Instituto da Água, IP; Direção Geral de Energia e Geologia & REN: Lisboa.
Bretas, E. M. (2012). Desenvolvimento de um modelo de elementos discretos para o estudo de barragens gravidade em alvenaria, Tese de Doutoramento, Universidade do Minho, Braga.